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Destempo
Authors: Elisa de Magalhães
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O presente texto reflete sobre a fotografia como destempo, que tomo emprestado –palavra e sentido –do escritor João Guimarães Rosa. Rosa usa destempo no romance Grande Sertão Veredas e no conto Sota e Barla, do livro Tutaméia. Destempo é aqui pensado como ponto ou instante, mas com duração, mesmo que mínima, suficiente para dividir esse ponto/instante/destempo em arquivo e rastros fantasmais. Para discorrer sobre isso, a autora recorre à recente palestra de Serge Margel, na qual falou sobre o filme de Chris Marker, La Jetée, “Do spectrumao speculum –La Jetée de Chris Marker e a montagem contrafactual”; e à entrevista de Jacques Derrida, Copy, archive, signature: a conversation on photography, relacionados à ideia de presentidadede Robert Morris. Para a autora, a fotografia produz o outro onde ele não está, no destempo do ponto ou do instante.