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“O SHOW TEM QUE CONTINUAR”: ENCALÇOS E PERCALÇOS DO SER/ESTAR PROSTITUTA
Authors: Jefferson Rodrigues Pereira, Kely Cesar Martins de Paiva, José Vitor Palhares dos Santos, Caissa Veloso e Sousa
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Em seus tempos áureos, a zona de prostituição da Guaicurus (Belo Horizonte, MG) era comparada com outras “renomadas” do mundo, dentre as quais a região parisiense de Moulin Rouge. No entanto, as mulheres que ali trabalham, as prostitutas, sempre foram estigmatizadas como alvos de discriminação e violência. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar relações entre o sentido do trabalho e a construção da identidade de prostitutas, fazendo-se um paralelo com o filme Moulin Rouge. Para tal, uma pesquisa exploratória qualitativa foi operacionalizada por meio de entrevistas, pautadas em história oral temática, com 17 prostitutas da referida região; seus dados foram submetidos à análise do discurso (vertente francesa). As análises indicaram sentidos frágeis e identidades fragmentadas e multifacetadas. Sofrimento diário, prazer próprio silenciado e sonhos imaturos retratam que, custe o que custar, “o show tem que continuar”.