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A construção de um novo paradigma de educar: do singular ao coletivo, reflexões necessárias em tempos de pandemia
Authors: Belmiro José da Cunda Nascimento
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O presente artigo tem por objetivo propiciar uma reflexão, tendo como lente as práticas utilizadas e desenvolvidas durante o período de pandemia em que o agente COVID-19 espalhou-se em múltiplas direções deslocando o nosso cotidiano, as nossas rotinas, nos desencaixando do mundo e instaurando novas linguagens, novos comportamentos, impondo um novo modelo de representação das dimensões da realidade. A síntese tentada neste artigo só poderia ser realizada por meio de uma breve historiografia-cartográfica de tipo qualitativo, comprometida com o acesso ao plano de forças que responde pela transformação da experiência que nos oferece pistas para caminhar num para além da dicotomia ciência-implementação, acompanhando percursos, implicação em processos de produção, conexão de redes ou rizomas. Concluímos que ainda não somos um novo coletivo. Somos indivíduos a caminho de uma consciência de grupo. Por enquanto, o que está ocorrendo nesta pandemia é que corremos todos para debaixo do toldo de um bar porque está chovendo. Assim, a contribuição da pandemia, nos possibilita inventar uma nova linguagem, que nos leva a estabelecer uma relação com o nosso território e a nossa cultura de forma mais justa, mais conectados com a nossa natureza, fazendo um desenho arquitetônico mais compatível com a nossa “topografia”, com a nossa cultura, com as pessoas do lugar.