Revista Ideação

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Authors: Giorgio Gonçalves Ferreira

Este artigo pretende trazer à tona as objeções elaboradas a Leibniz por Arnauld no tocante à noção de substância individual, bem como a resposta oferecida pelo filósofo. Assim, nos limitaremos às cartas de 01 de fevereiro de 1686 até 28 de setembro do mesmo ano, quando Arnauld parece se satisfazer com a explicação de Leibniz a este assunto e os temas de suas objeções parecem mudar de foco.

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Authors: José Portugal dos Santos Ramos

A Geometria foi publicada em 1637, acompanhando o Discurso do Método. A Geometria é constituída por três Livros: o primeiro trata dos “problemas que podem ser construídos ao se utilizar apenas círculos e linhas retas”; o segundo explica “a natureza das curvas”; e o terceiro trata da construção de “problemas sólidos e hipersólidos”. Um dos principais feitos de Descartes na Geometria foi mostrar que o laboro dos antigos geômetras – destacando-se, dentre eles, Euclides (Os Elementos), Apolônio (Cônicas) e, sobretudo, Pappus (Coleção Matemática) – a partir das definições, postulados, axiomas, teoremas e secções cônicas, deixara muito a desejar, e diversas de suas resoluções eram mais o resultado de engenhosas resoluções particulares de problemas específicos, que a formulação e a aplicação de um método que possibilitasse a generalização das soluções. É manifestamente um tal método que Descartes descobre mediante a solução do problema de Pappus e o desenvolve ao longo da Geometria, obra que teve um impacto revolucionário no desenvolvimento da matemática e da filosofia moderna.

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Authors: Márcio A. Damin Custódio

Este artigo apresenta duas interpretações aparentemente conflitantes do sistema cartesiano, que procuram esclarecer a causa da transferência de movimento entre a alma e o corpo e, especialmente, entre corpos. O primeiro caso, a interação entre a alma e o corpo humanos, é apresentado como uma falsa dificuldade. No segundo caso, a interação entre corpos, apresentam-se duas possibilidades de leitura. Primeiramente, uma leitura ocasionalista, para a qual os corpos são inertes e a causa da transferência do movimento entre corpos é Deus, agindo diretamente na natureza, recriando o mundo momento a momento. Outra possiblidade de leitura sustenta haver nos corpos uma inclinação, tendência ou força que é a causa genuína da transferência de movimentos na interação entre corpos. Sustento, ao final do artigo, que é possível compatibilizar a concepção ocasionalista e a concepção de que há certa tendência para o movimento no mundo.