Iheringia, Série Botânica

11-16

Authors: Anaise Costa Calil, Cristina Leonhardt, Ângela C. Busnello, Olinda Leites Bueno

Maytenus dasyclada Mart. é uma espécie arbustiva, nativa no Sul e Sudeste do Brasil, perenifólia e com copa bastante ramificada. Encontra-se em cultivo no Arboreto do Jardim Botânico de Porto Alegre, RS, onde se observaram características ornamentais que indicam essa espécie como promissora para a utilização em paisagismo. O trabalho foi desenvolvido utilizando-se sementes de um dos exemplares da coleção arbórea, com objetivo de avaliar a melhor época de coleta de sementes para a produção de mudas em viveiros. Foram realizadas observações das fenofases de floração e frutificação com freqüência semanal. A cada época de coleta, aos 90, 110, 126, 132 e 153 dias após a antese, avaliaram-se os seguintes parâmetros: coloração dos frutos, teor de água e de matéria seca das sementes, potencial germinativo, índice de velocidade e tempo médio de germinação. A época indicada para a coleta dos frutos corresponde ao período entre 132 a 153 dias após a antese, quando o teor de água oscila entre 50,8% e 45%.

25-47

Authors: Maria da Graça Sophia, Izabel Cristina Alves Dias, Adilson Muniz de Araújo

São apresentados os resultados do estudo taxonômico de Chlorophyceae e Zygnematophyceae de alguns ambientes lóticos e lênticos do Parque Florestal Estadual do Turvo, Rio Grande do Sul, Brasil. Foram analisadas 35 amostras coletadas durante os meses de novembro e dezembro de 1995 e fevereiro de 1996. Cinqüenta táxons foram identificados como representantes das classes Chlorophyceae (11) e Zygnematophyceae (39) pertencentes às seguintes cinco ordens: Chaetophorales (3), Desmidiales (33), Oedogoniales (6), Ulotrichales (2) e Zygnematales (6). A classe mais bem representada foi Zygnematophyceae com 77,5% dos táxons identificados. Os gêneros Closterium e Cosmarium respectivamente com dez e nove táxons foram os mais bem representados nos ambientes estudados. Vinte e dois táxons constituem primeiras citações para o Rio Grande do Sul, sendo um destes também para o Brasil.

62-68

Authors: Nora Cristina Ferrer, Eduardo Jorge Cáceres

Num corpo de água temporário da Argentina encontrou-se uma população de Mougeotia C. A. Agardh, mostrando combinação peculiar de características vegetativas e reprodutivas, não presentes em nenhuma das espécies descritas para o gênero. Portanto, uma nova espécie é proposta e discutida: M. mesocarpiana sp. nov. Esta espécie caracteriza-se por ter zigósporos esféricos ou doliformes com uma exóspora delgada e uma mesóspora dupla, delgada e granulada.

77-89

Authors: Amelia A. Vouilloud, Silvia E. Sala, Mario R. Sabbatini

O presente trabalho forma parte de um estudo sobre as diatomáceas do perifiton da bacia alta do Rio Sauce Grande, águas acima da Represa Paso de las Piedras, como base para a utilização destes organismos como indicadores de qualidade da água. As amostras foram coletadas no período de agosto- setembro de 2000 em 14 estações localizadas sobre o leito principal e afluentes. Como resultado da análise em microscópio óptico e eletrônico de varredura, foram identificados 92 táxons infragenéricos dos quais Achnanthes cf. minutissima var. inconspicua, Navicula cryptotenelloides, N. microcari y N. reichardtiana são mencionados pela primeira vez na Argentina. Craticula halophila, Cyclotella pseudostelligera, Denticula valida, Diatoma vulgare, Fistulifera saprophila, Fragilaria aff. elliptica, Hippodonta capitata, Luticola mutica, Navicula capitatoradiata, N. tripunctata, Nitzschia amphibia, N. capitellata, N. cf. communis, N. fonticola, N. cf. gandersheimiensis f. tenuirostris, N. heufleriana, N. inconspicua, N. microcephala, N. paleaceae, Pinnularia borealis, Planothidium frequentissimum, P. rostratum, Rhopalodia musculus y Synedrella subconstricta são novas citações para a área de estudo. O objetivo desta publicação é descrever e ilustrar os táxons que são citados pela primeira vez na Argentina e aqueles que, apesar de terem uma ampla distribuição, não haviam sido estudados em microscopia eletrônica e/ou apresentam dificuldades para a sua identificação.

99-106

Authors: José Marcos de Castro Nunes, Ana Cristina Caribé dos Santos, Liziane Caribé de Santana

Dez táxons de algas marinhas bentônicas são referidos pela primeira vez para o litoral baiano, sendo um de Cyanobacteria, sete de Chlorophyta e dois de Phaeophyta. Os exemplares foram incluídos no Herbário Alexandre Leal Costa (ALCB) do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia. Brachytrichia quoyi (C. Agardh) Bornet et Flahault, Blindgia minima (Nägeli ex Kütz.) e Myrionema strangulans Grev. constituem-se em primeira referência para o litoral nordestino.