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ESTIMATIVA DO PERCENTUAL DE GORDURA UTILIZANDO O IMC
Authors: rancisco Teixeira Andrade, Maria do Carmo de Carvalho e Martins, Marcos Antonio Pereira dos Santos, Francisco Leonardo Torres-Leal, Antônio Hosmylton Carvalho Ferreira
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Sobrepeso e obesidade caracterizam-se como distúrbios funcionais ou orgânicos nos quais se evidencia excesso de peso com relação à altura, ou melhor, excesso de massa gordurosa em relação à massa magra corpórea. A obesidade é fator de risco para complicações comportamentais, locomotoras, cardiovasculares, metabólicas, endócrinas, oncológicas, respiratórias, hepáticas, ósseas, articulares, menstruais e da fertilidade. Com o objetivo de averiguar as diferenças nas prevalências de peso excessivo (índice de massa corpórea ou IMC > 24,99) e excessiva percentagem de gordura (% de gordura acima dos limites de normalidade NHANES III) e, especialmente, de testar a existência de correlação entre IMC e BIA (avaliação por bioimpedância elétrica ou BIA), 293 mulheres e 257 homens foram examinados pelas duas metodologias. A diferença entre as mencionadas prevalências é significativa (p < 0,001). É, também, significativa (p < 0,001) a correlação entre o IMC e a % de gordura em ambos os sexos, sendo maior entre as mulheres. Modelos matemáticos derivados dessa correlação e agregando o IMC e idade, permitem estimar a % de gordura: = - 6,4367 + 1,6291IMC - 0,07671Id, R2 0,663, CV 14,31 e P < 0,001 (em mulheres); = - 8,7443 + 1,2685IMC - 0,03545Id, R2 0,585, CV 21,98 e P < 0,001 (em homens). Essa metodologia, replicada em segmentos populacionais regionais, viabiliza a avaliação do problema sobrepeso-obesidade com maior eficácia, precisão e acurácia.