Revista Brasileira de Futsal e Futebol

382-390

Authors: Maycon José Ruy, Márcio André de Gouvêia, Maiara Cristina Tadiotto, Ariobaldo Frisselli, Hélio Serassuelo Junior, Enio Ricardo Vaz Ronque

O fato de que a maturação biológica exerce grande impacto sobre os aspectos físicos de jovens jogadores de futebol fez com que muito conhecimento acerca desse aspecto fosse produzido. Em virtude disso, poucas investigações sobre o aspecto técnico têm sido produzidas em atletas jovens, ocasionando uma carência de informações desse atributo durante a formação do atleta. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar a relação entre testes de habilidades específicas para o futebol em jovens atletas com diferentes estágios de maturidade. A amostra foi composta por 59 atletas do sexo masculino, com a idade entre 11 e 17 anos, separados em dois grupos (sub 14 e sub 17) de acordo com os estágios de maturação. A idade cronológica foi determinada de forma centesimal e a idade óssea foi avaliada por radiografia de mão e punho. Seis testes de habilidades específicas para o futebol foram aplicados. Os resultados mostraram para os atletas do grupo sub 14, correlações significantes entre os testes de CBLR e CBLS (r=0,82; p<0,01) e entre CBLS e CBVV (r=73; p=0,01) nos atletas classificados como tardios. Por outro lado, no sub 17, esse fato ocorreu nos atletas precoces, com valores do r de 0,64 e 0,53 respectivamente para CBLR x CBLS e CBLR x CBVV (p<0,05) e para CBLS e CBVV com r=0,60 (p=0,02). Conclui-se que atletas classificados como precoce no grupo sub 17 e os tardios do sub 14 apresentaram correlação significante, de moderada a alta nos testes utilizados como indicador de habilidade especifica no futebol.

399-407

Authors: Rodrigo Carlet

Introdução: Diversos são os motivos que influenciam no resultado final de uma partida de futebol. O fator local é bastante discutido como sendo um dos grandes responsáveis pelo êxito de uma equipe. Objetivo: Nossos objetivos foram analisar a influência do fator local no resultado de uma partida de futebol; verificar qual o diferencial na conquista de um campeonato; e comparar o desempenho como mandante e visitante dos campeões e vice-campeões. Materiais e Métodos: Contabilizamos todos os resultados dos Campeonatos Brasileiros da Série A de 1971 a 2013. Resultados e Discussão: Os resultados encontrados nos mostram que em 97,6% dos quarenta e três campeonatos analisados, o fator local representou em maior quantidade de vitórias para as equipes mandantes, podendo o fator local ser um instrumento significativo no êxito em partidas de futebol. Posteriormente, comparamos os aproveitamentos dos campeões e dos vice-campeões na totalidade das temporadas: atuando fora de casa, 65,1% para as equipes campeãs contra 34,1% das segundas colocadas; e atuando em seus domínios, 72% contra 28%, respectivamente. Acreditamos que, o futebol atual exige que uma equipe que almeja ao título busque e obtenha sempre o melhor desempenho em ambos os domínios. Conclusão: Então, acreditamos que o fator local influencia diretamente no resultado de uma partida de futebol. Sendo assim, com essas enormes vantagens, e um equilíbrio quando analisadas as temporadas isoladas, acreditamos que a equipe que conseguir somar o maior número de pontos fora de seus domínios apresenta-se como grande favorito à conquista do título.

413-418

Authors: Bruno Marques de Oliveira, Derik Furforo Dias, Adriano Lima Alves, Jacielle Caroline Ferreira, Bruno Mezêncio, Rafael Soncin

O objetivo do estudo foi identificar os modelos que melhor explicam as relações entre as variáveis do scout dos jogos da Copa do Mundo de futebol de 2014. Foram analisados os 32 jogos da competição. Os dados foram retirados do site oficial da Federação Internacional de Futebol (FIFA). Os resultados indicaram que os modelos para as variáveis passes certos (r²=0,710), posse de bola (r²=0,679), cruzamentos (r²=0,639) e gols feitos (r²=0,608) foram significativos (p<0,05). Conclui-se que tais variáveis sumarizam as todas as outras existentes e analisadas no scout de jogo, o que fornece aos treinadores mais uma ferramenta para aperfeiçoar os trabalhos realizados em cada sessão de treino.

425-429

Authors: Ismael Silva Moura

O objetivo desse trabalho é analisar os fatores que interferem a iniciação do futsal nas categorias de base sub 09 e sub 11. Materiais e Métodos: Participaram desse estudo 19 atletas das categorias de base de futsal, todos do sexo masculino, com idade entre 07 e 11 anos, da categoria sub 09 e sub 11, todos praticantes de futsal com período de treino de 1hora e 30 minutos sendo 2 vezes na semana e no Maximo 1 jogo no fim de semana. Resultados: A maior parte dos atletas 58% iniciou no futsal de 7 à 10 anos, 84% iniciaram no futsal por que gostam, 79% disseram que seus pais que os motivaram a jogar, 63% dos atletas entrevistados dizem que o futsal é mais prazeroso na competição, a maioria dos atletas 68% disputaram sua primeira competição de futsal de 7 à 10 anos, 53% querem através do futsal aperfeiçoar suas técnicas para serem um jogador de futebol de campo, 58% dos atletas se sentem mais ansioso no jogo, e 53% possuem medo de errar durante o jogo, 58% dos atletas dizem que a cobrança da torcida que os deixam mais nervosos durante o jogo, e 84% dos atletas afirmam que quando todos gritam seu nome durante a partida a fim de passar instruções eles ouvem o professor\treinador. Discussão: A participação de todos e a busca permanente pela construção de ideias e valores que contribuam na melhoria da qualidade de vida dos envolvidos, tenderiam a transformar a pratica, valorizando a criança enquanto sujeito de seu desenvolvimento. Importante que esse perceba que a competição nessa perspectiva não é um instrumento para preparar a criança para o futuro, ela representa um aliado na formação da criança. Conclusão: São diversos os fatores que influenciam na iniciação, aprendizagem e desempenho da criança no futsal.

435-440

Authors: Saulo Holanda Santana

O futebol é um esporte de características intermitentes e que exige uma demanda fisiológica muita alta e por um longo período de tempo, sendo assim existe uma preocupação com o estado em que os atletas se encontram logo após o evento e depois de um período de recuperação, e para controlar o nível de desempenho dos atletas os profissionais utilizam a relação cortisol / testosterona para identificar em que momento se encontra o estado dos atletas naquele determinado momento. Sendo assim o objetivo desta revisão é analisar os efeitos agudos e crônicos da relação testosterona / cortisol sobre o desempenho de jogadores de futebol profissionais. Foram utilizadas as bases de dados nacionais e internacionais para a busca. Ao final da busca depois de estabelecer os critérios de inclusão e exclusão encontramos oito artigos que se adequavam a esta revisão. Em conclusão evidenciamos que a redução no desempenho não esta associado a maiores níveis de cortisol na corrente sanguínea bem como a redução da relação testosterona / cortisol.

447-454

Authors: Bruno Portella Terra, Marcio Alves Diniz, Cesar Cavinato Cal Abad

Objetivos: o presente estudo teve por objetivo descrever o padrão de estatura dos jogadores que disputaram a Copa do Mundo da FIFA 2014® e verificar se existem diferenças significantes na estatura desses jogadores conforme a posição ocupada dentro de campo. Materiais e métodos: a estatura e a posição dos jogadores convocados para a Copa do Mundo foi obtida a partir da lista de convocação oficial da FIFA. De todos os jogadores convocados, 96 (13,04%) eram goleiros, 230 (31,25%) defensores, 249 (33,83%), meio campistas e 161 (21,88%) atacantes. Para comparação das médias de estatura dos goleiros, defensores, meio campistas e atacantes foi utilizada a ANOVA de uma via. O nível de significância foi de p<0,05. Resultados: os resultados estão apresentados em média e desvio padrão. A estatura média dos 736 jogadores foi de 182,42 ± 6,02cm. Os goleiros apresentaram média de estatura de 187,67 ± 5,19cm à qual foi significantemente superior (p<0,05) às demais posições. Os defensores apresentaram média de estatura de 183,05 ± 6,16cm que foi significantemente superior (p<0,05) aos meio campistas e atacantes. Os meio campistas e atacantes apresentaram média de estatura de 178,73 ± 6,27cm e 180,22 ± 6,47cm, respectivamente, sem diferenças significantes (p>0,05). Conclusão: a média de estatura dos jogadores que disputaram a Copa do Mundo da FIFA 2014 variou conforme a posição em campo e parece relacionar-se com as funções específicas de cada posição. Aspectos biológicos, técnicos, táticos e também comportamentais figuram como as principais justificativas para as diferenças encontradas e precisam ser mais bem investigados.