Revista Brasileira de Futsal e Futebol

148-152

Authors: José Renato Bolsonaro

Introdução: A finalização é um importante indicador de desempenho, um dos três princípios operacionais de ataque dos desportes coletivos, e para estudar os parâmetros técnicos e táticos especifico do jogo de futsal se faz necessário a observação e análise do jogo antes durante e depois das partidas, permitindo as comissões técnicas detectar os pontos fortes e fracos dos adversários. Objetivo: a finalização é o objeto de estudo, tendo como objetivo analisar as finalizações em 6 setores da quadra. Materiais e Métodos: Foram analisados 6 jogos da fase final da Liga Futsal 2012 através de transmissões em tempo real do canal Sportv e utilizou-se um campograma elaborado no Centro de Estudos em Cognição e Ação (CECA-UFMG) dividido em 6 possíveis zonas de finalização.Resultados: analisou-se inicialmente os aspectos como numero de jogos, total de finalizações e a eficácia das finalizações. Posteriormente o aspecto tático que são os setores de finalização e os setores onde ocorreram os gols nas 6 partidas de futsal. Discussão: Registrou-se 28 gols em 358 finalizações e o setor 2 foi o que registrou maior numero de finalizações, e o setor 1 foi o setor da quadra ofensiva com menos finalizações porem com maior eficiência 13 gols em 44 finalizações. Conclusão: Concluindo assim que não a uma predominância de finalizações em um único setor havendo um equilíbrio entre os cinco setores ofensivos da quadra sendo o setor 1 o mais eficiente por parte dos atacantes.

158-164

Authors: Fábio Freitas

A pesquisa tem como objetivo comparar o desempenho motor em adolescentes de 13 e 14 anos de idade, praticantes e não praticantes de futsal. Justifica-se este trabalho no sentido de demonstrar a importância ou não da metodologia dos treinamentos da modalidade esportiva futsal e apresentar a importância da prática do futsal e sua contribuição para o desenvolvimento da coordenação motora de adolescentes de 13 e 14 anos. Dentre os instrumentos de avaliação encontra-se o teste de Coordenação Corporal (Körperkoordinationtest für Kinder - KTK) desenvolvido por Kiphard e Schilling (1974). O teste KTK é composto por quatro atividades: equilíbrio retrocedendo, saltos monopedais, saltos laterais e transposição lateral. A amostra foi composta por 22 adolescentes de 13 e 14 anos, do sexo masculino. Foram dois grupos, os praticantes de futsal (grupo experimental) e os que não praticam o esporte (grupo controle). Ao analisar os resultados obtidos com a bateria de testes, os alunos do grupo experimental obtiveram desempenhos melhores em relação aos alunos do grupo controle. A Classificação dos alunos que não praticam futsal 9,1% foi classificada com coordenação normal, 27,3% insuficiência na coordenação e 63,6% com perturbações na coordenação motora. Porém, a classificação dos alunos que praticam a modalidade 54,5% enquadrou-se com coordenação normal e 45,5% com perturbações na coordenação. Sugerem-se mais pesquisas sobre o tema para que possam ser investigadas mais informações a respeito das modalidades esportivas e o desenvolvimento motor.

169-180

Authors: Marco Aurélio Paganella

O Futsal é dividido em cinco grandes áreas: a) aspectos ligados à infraestrutura; b) físicos; c) psicológicos; d) táticos; e) técnicos, sendo estes divididos em duas partes, a ofensiva e a defensiva, sendo este o objeto do estudo, e como objetivo a análise da evolução do desempenho dos fundamentos técnicos individuais defensivos dos jogadores de linha do Futsal com idade de dez, onze e doze anos antes e após aulas específicas e intensivas sobre o tema defesa individual. A amostra de oito do gênero masculino se justifica porque é o máximo de jogadores que podem estar em quadra. A anamnese se deu em adaptação do Protocolo de Avaliação Técnica preconizado por Martins e Paganella (2013), dividido em três partes sendo que, na primeira estão os parâmetros, na segunda estão os processos, procedimentos e estrutura física e na terceira estão as fichas de anotação. O material se resume a oito bolas de Futsal, coletes, apito, prancheta e fichas para anotações. No método, após a primeira avaliação foram realizadas quatro sessões específicas à marcação com setenta minutos cada usando atividades do método Resolutivo/Natural/Indireto, da Pedagogia do Esporte e do Método Integrado, e realizada uma nova avaliação para aferir a adaptação. Em seguida, mais doze sessões de setenta minutos cada, para então a terceira e análise final. Das dezesseis sessões, doze pelos métodos já anotados e quatro pelo método Contruído/Repetitivo/Direto e/ou Parcial/Analítico. Uma vez tabulados os Resultados, da discussão percebeu-se que a evolução na execução dos fundamentos defensivos ficaram aquém da expectativa, pois, em termos gerais, apenas em 25% dos casos houve progresso, o que significa que, neste contexto, o trabalho específico e intensivo não se mostrou eficaz. Como percepção reflexa, colateral e indireta, notou-se que a opção pelo método Natural/Resolutivo/Indireto, a Pedagogia do Esporte e o Método Integrado em base 3/4 (três quartos) talvez não tenha sido a melhor escolha em face ao outro método (Parcial/Analítico, Construído/Repetitivo/Direto) utilizado em 1/4 (um quarto) das sessões de aula. Como ponto a destacar, se a performance na execução ficou estagnada, por outro, a prática esportiva independentemente de desempenho restou fortalecida na fala dos alunos, que manifestaram prazer em praticar esportes sem cobranças e sem pressão por vitória, que é algo que pode trazer muito mais benefícios individuais e sociais a todos, do que simplesmente ganhar um jogo.

186-190

Authors: Sergio de Sousa, Eduardo Quieroti Rodrigues Rodrigues

O salto vertical é um gesto motor de muita importância para o futebol, no entanto as diferenças de desempenho nos saltos entre as diferentes posições ainda é pouco caracterizada, o que solicita a obtenção de mais informações. O objetivo do estudo foi analisar as diferenças de desempenho nos saltos verticais entre as diferentes posições no futebol. 21 jogadores futebolistas profissionais, os quais foram divididos em 3 grupos, sendo grupo 1 (G1) 7 atacantes (idade 19,2 ± 1,7 anos; massa corporal 64,9 ± 5,6 kg; estatura 173,7 ± 5,1cm), grupo 2 (G2) 10 defensores (idade 20,1 ± 2,1 anos; massa corporal 72,8 ± 6,3 kg; estatura 176,4 ± 6,6cm) e grupo 3 (G3) 4 goleiros (idade 19,2 ± 2,0 anos; massa corporal 81,9 ± 9,9 kg; estatura 184,6 ± 2,9cm), os atletas executaram dos saltos verticais sem (SVSC) e com contramovimento no 2º dia (SVCM). O tratamento estatístico dos dados foi feito através do teste de Shapiro-wilk para normalidade, após confirmação, as diferenças de desempenho foram analisadas da análise de variância (Anova) com extensão ao Post Hoc de Tukey para múltiplas comparações, todos os testes com significância de p<0,05, software SPSS 20.0. Resultados e conclusão: Não foram encontradas diferenças de desempenho entre os grupos. Conclui-se que os grupos não apontaram diferenças posicionais, fato que pode estar relacionado aos aspectos coordenativos do salto.

195-206

Authors: Eduardo Maia Simões

O presente estudo visou colher informações, analisar e traçar o perfil desses profissionais, além de identificar quais são os métodos de treinamento mais utilizados. Foi utilizado um questionário, adaptado do modelo de Rigotti (2006) e Máximo (2012), que consiste de perguntas objetivas sobre aspectos socioeconômicos, familiares e de trabalho. A amostra foi composta por dezessete preparadores de goleiros de equipes de futebol profissional do Estado de São Paulo, participantes do Campeonato Paulista da Série A2 em 2014. A partir deste estudo, foi possível verificar que 64,71% destes profissionais são casados, tem idade entre 28 e 56 anos, sendo que 76,47% possuem filhos. Verificou-se que apenas 23,53% deles possuem o ensino superior completo. Foi possível verificar que todos foram goleiros anteriormente e hoje atuam apenas com goleiros da categoria principal, sendo que 41,18% dos entrevistados exercem essa função de preparador de goleiros há mais de 10 anos. Todos os preparadores, 100%, concordaram que obter conhecimento científico é indispensável para o bom desempenho de sua função e que buscam o aperfeiçoamento profissional, sendo que 41,18% optaram pela pesquisa como o principal meio para isso. Observou-se que 82,35% dos preparadores estão satisfeitos com a sua remuneração, sendo que a maioria deles, 94,12%, recebem entre 4 a 6 salários mínimos e 47,05% afirmaram possuir ótimas condições de trabalho em seus clubes. Foi possível verificar que 47,05% dos preparadores são registrados no Conselho Regional de Educação Física/CREF. Quanto aos métodos de treinamento mais utilizados junto aos seus goleiros, constatou-se que 82,35% dos preparadores de goleiros adotam o método global, ao passo que nenhum deles tem se utilizado das novas tendências de preparação de goleiros em seus treinamentos.

214-220

Authors: Ricardo Alexandre Rodrigues Santa Cruz, Ronaldo Júlio Baganha, Guilherme Luiz da Rocha, Marcos Anibal de Oliveira, Ídico Luiz Pellegrinotti, Rozangela Verlengia, Charles Ricardo Lopes

A velocidade é uma capacidade física imprescindível para o atleta de futsal, estando relacionada com várias ações físicas realizadas durante o jogo. Esta pode se manifestar de três formas: velocidade de reação; de aceleração e acíclica. O treinamento da velocidade pode ocorrer de diversas maneiras e dentre elas destacamos o treinamento através de sprints repetidos e com jogos reduzidos. O objetivo do presente estudo foi investigar através da revisão da literatura a influência do treinamento com sprints e jogos reduzidos na relação com a melhora da velocidade de corrida de jogadores de futsal, representada pelo desenvolvimento da velocidade de corrida. Foi observado que ambas as metodologias de treinamento potencializam o desenvolvimento da velocidade de corrida de jogadores de futsal, sendo os ganhos mais expressivos estando relacionados ao período competitivo.

231-236

Authors: Mário Antônio de Moura Simim, Célio Quintão Calsavara, Bruno Victor Corrêa da Silva, Gustavo Ribeiro da Mota, Hélvio Feliciano Moreira

O objetivo do presente trabalho foi realizar uma revisão de literatura dos estudos que abordam a temática do futebol de cinco para deficientes visuais. Foram analisados estudos publicados originalmente na língua portuguesa e inglesa, tendo como referência as bases de dados PubMed, SPORTDiscus, Web of Science, Scopus, além da biblioteca eletrônica Scielo e Google Acadêmico. Para a busca, foram utilizados os descritores “futebol de 5”; “futebol de cinco”; futebol; soccer; “football 5-a-side”; “deficiente visual”; “deficiência visual”; “visually impaired person”; “visually impaired persons”; “blind persons”; “blind person”; paralympic isolados e/ou combinados. Os principais estudos sobre o futebol de cinco abordam o contexto histórico e apresentação da modalidade para a comunidade científica. Além disso, alguns estudos se preocuparam em analisar os aspectos táticos da modalidade, bem como lesões esportivas provenientes da prática do futebol de cinco. Estudos devem ser conduzidos procurando abordar os aspectos da organização do seu treinamento (periodização), a fisiologia específica às suas demandas, aspectos técnicos da aprendizagem, iniciação e treinamento da modalidade.