Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento

127-134

Authors: Camila Dias Bertuol, Antonio Coppi Navarro

Objetivo: Verificar o estado nutricional e o consumo alimentar de alguns produtos industrializados, precursores da obesidade nos pré-escolares de uma escola infantil pública no município de Salvador do Sul-RS. Materiais e métodos: Foi realizada, primeiramente, uma entrevista com os pais sobre a frequência de consumo das crianças de alguns alimentos industrializados e após foram coletados peso e estatura dos pré-escolares de 2 a 5 anos (n=66). Resultados: Verificou-se maior consumo de achocolatado (24,6% consomem 1 vez ao dia) e açúcar (20% consomem 1 vez ao dia). Quanto à avaliação nutricional, apenas 16,9% apresentou peso elevado para idade; 13,8% das crianças foram diagnosticadas com obesidade e 24,6% com sobrepeso, segundo o IMC/Idade. E 15,3% apresentaram peso elevado para a estatura. Discussão: Apesar da maioria das crianças avaliadas forem classificadas como eutróficas, há uma grande preocupação com os hábitos alimentares, especialmente quanto às escolhas dos alimentos consumidos. Nota-se um grande consumo de açúcar e achocolatado diariamente, e chocolates semanalmente, evidenciando o consumo de doces e guloseimas cada vez mais cedo pelas crianças Conclusão: Os pré-escolares, em sua maioria, encontram-se adequados perante os dados antropométricos, mas quanto à alimentação possuem consumo elevado de açúcar e achocolatado e menor frequência de consumo de salgadinho, bolo e chocolate. É preciso conscientizar mais pais e crianças para que suas escolhas alimentares possam refletir mais saúde e desenvolvimento da criança.

142-151

Authors: Nakita Agostini Davis

Objetivo: Avaliar o efeito, a longo prazo, da rotina de alimentação OLVEG em transição para EVEG na composição corporal de um indivíduo saudável e ativo fisicamente. Materiais e Métodos: Revisão do prontuário, entrevista com o paciente e revisão da literatura. Variáveis antropométricas: peso corporal, estatura, dobras cutâneas, perímetro de cintura e quadril. Dieta ad libitium OLVEG em transição para EVEG, analisada qualitativamente através de registros alimentares. A prática de atividade física do indivíduo foi constante, orientada e alternada. Resultados: Leve redução de percentual de gordura e manutenção de massa livre de gordura. Redução das circunferências de cintura e quadril. Discussões: Circunferência de cintura é significantemente menor em vegetarianos do que em não vegetarianos. De todos os nutrientes, apenas a vitamina B12 não é encontrada na dieta EVEG. Vegetarianos podem ter uma taxa metabólica de repouso elevada, mediada pelos altos níveis de norepinefrina, possivelmente resultante da sua maior ingestão de carboidratos integrais e menor ingestão de gorduras. A dieta vegetariana não prejudica o desempenho aeróbio na atividade física. Conclusão: A orientação nutricional direcionada se mostrou eficiente para manutenção de peso, bem como da disposição física e mental para prática esportiva diária. A orientação nutricional deve ser fornecida por profissionais de saúde capacitados nesta área de conhecimento, educando vegetarianos acerca das fontes de nutrientes específicos, preparo dos alimentos e modificações dietéticas necessárias.

158-166

Authors: Célia Cristiana Araújo Garcia, Virgínia Souza Santos, Martha Elisa Ferreira Almeida

Objetivo: Avaliar a aceitação da farinha de lichia e seu efeito no emagrecimento de crianças com excesso de peso. Métodos: A farinha de lichia foi desenvolvida e realizaram-se análises microbiológicas antes do seu oferecimento às crianças. Foi aferido o peso e a estatura das crianças no início e final do estudo. Durante quatro semanas foi feita diariamente a análise sensorial do leite puro e do leite com farinha de lichia e de alguns sinais clínicos de toxicidade alimentar. Utilizou-se o teste de Wilcoxon para comparar o efeito do tratamento com a farinha de lichia, a significância de 5%. Resultados: As farinhas estavam aptas ao consumo humano. Os meninos ingeriram uma maior quantidade de leite com farinha e deram menores notas para este leite, entretanto tal fato não promoveu uma redução significativa do peso corporal. Não houveram reações tóxicas, sendo que o leite com a farinha de lichia teve uma aceitação de 85% pelas meninas e de 81% pelos meninos. Conclusão: A farinha de lichia não promoveu reações tóxicas, foi aceita pelas crianças e não promoveu uma redução significativa do peso corporal. Sugere-se que outros estudos sejam realizados com duração superior a quatro semanas e com uma maior quantidade da farinha de lichia, bem como utilizar a farinha da casca deste fruto que é rica em compostos fenólicos.