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A relação entre assédio moral e esgotamento mental (Síndrome de Burnout) em educadores
Authors: Paula Ariane Freire

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Os modos de gestão pós-fordista e a flexibilização dos direitos trabalhistas engendrados pela reestruturação produtiva, trazem modificações no ambiente de trabalho, com maior controle e imposição de metas. O ambiente escolar sofreu igualmente os impactos dessa reestruturação produtiva. Há um maior controle sobre as atividades docentes, tanto em relação à forma de ministrar aula quanto aos conteúdos ensinados e às formas de avaliação, além de exaustivas jornadas de trabalho. Essas novas condições de trabalho podem propiciar a prática do assédio moral, um processo de violência psicológica contra o professor, que ameaça seus direitos humanos fundamentais, bem como sua saúde, podendo trazer, em decorrência, várias doenças psiquiátricas, dentre as quais a síndrome de burnout. Estima-se que 15% dos professores sofrem dessa síndrome – um transtorno relacionado ao trabalho, causado por estresse laboral crônico –, cujos sintomas são: a baixa realização profissional, a exaustão emocional e a despersonalização, que aparece na forma de endurecimento afetivo e falta de empatia. O presente projeto pretende investigar qual a relação entre reestruturação produtiva, assédio moral e a incidência da síndrome de burnout em professores e seus impactos educacionais e sociológicos.