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TRANSFORMAÇÕES DO CORPO: Era parabiose
Authors: Keline da Costa Brito
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O presente trabalho tem como objetivo analisar as transformações que o corpo vem sofrendo decorrente da visão mecanicista que se tem dele, alterando, além de sua dimensão biológica, a subjetividade do indivíduo e suas relações com o meio, resultante da adaptação das biotecnologias ao corpo. Partiremos da abordagem Heideggeriana de preocupar-nos diante do uso tecnológico sobre o próprio indivíduo, e simultaneamente usaremos as análises foucaultiana sobre a rentabilidade do corpo político. Isso fez com que se incida sobre ele um discurso normativo como o tipo de alimento, os exercícios, além do uso de medicamentos e próteses para ampliar o poder dos corpos. Concomitantemente usa-se a engenharia genética possibilitando alternativas de um corpo aperfeiçoado pelo uso de artefatos biotecnológicos que almejam estender a forma natural humana, ou seja, uma parabiose. O Biopoder se realiza cotidianamente, e atua de várias formas através dos mecanismos de poder, estes potencializaram o controle da vida, sem que para isso use força física para impor seu controle. O que pode ser fantástico para a evolução humana, também pode tornar-se algo sem precedente. Portanto, o corpo se tornou um empreendimento a ser administrado, no qual, sem percebermos, vai sendo transformado e “aperfeiçoado”, resultando em uma quimera para a filosofia.