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Planejamento de uso e gestão de trilha ecológica na cachoeira do Paraíso – Parque Estadual do Itinguçu (SP)
Authors: Denis M. S. Abessa, Christiano Magini, Felipe A. Z. Souza, Renato T. Traglia, Cristal C. Gomes, Eglee S. G. Igarashi, Mariany M. dos Santos, Henrique V. Pozzo, Alessandra M. Tatebe
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A Cachoeira do Paraíso está localizada no Parque Estadual do Itinguçu (PEIt), que faz parte do mosaico de unidades de conservação de Juréia-Itatins (Iguape, SP). Essa cachoeira recebe intenso fluxo de visitantes, em especial no verão, havendo necessidade urgente do estabelecimento de um plano de uso público que vise disciplinar a atividade turística nesse local. Assim, o presente estudo consistiu em avaliar as condições atuais da trilha que leva à cachoeira, propondo ações e modificações que permitam gerenciar a visitação do local. A abordagem foi dividida em três etapas, e consistiu em 1) avaliação dos aspectos ambientais e de visitação no local, além da contextualização regional e local e das possibilidades de inserção da comunidade local nas atividades de turismo; 2) planejamento de uso da trilha, considerando metas sócio-ambientais e levando em conta os aspectos legais, técnicos, ecológicos, sociais, econômicos, científicos, educacionais, entre outros; e 3) aspectos ambientais para monitoramento contínuo. Os resultados indicaram necessidade de adequação física da trilha, implantação de sinalização educativa e informativa e de estruturas para o bem estar do visitante. Além disso, é necessário também inserir a comunidade local na gestão da trilha, sendo vital para isso a realização de programas de educação ambiental e capacitação. Também foram identificadas medidas possíveis para controle da visitação, incluindo-se a possível cobrança de taxas, a exigência de acompanhamento por monitores, a limitação do número de visitantes, entre outros. Com relação ao monitoramento, foram identificados aspectos físicos, biológicos e sociais que devem ser monitorados. Conclui-se que a adequação da Trilha da Cachoeira do Paraíso e sua gestão poderão constituir oportunidade para conciliar as funções sociais e ecológicas do PEIt, de modo a permitir a conservação da biodiversidade e também repartir benefícios e responsabilidades pela manutenção da área com as comunidades locais.