Revista Brasileira de Futebol

30-37

Authors: RAP Guerra, RAP Guerra, MJ Souza, MJ Souza

Objetivo: O presente estudo objetivou analisar os fatores preponderantes e decisivos na tentativa de seguir na carreira futebolística, tendo como meta o profissionalismo dos atletas. Amostra: Foi composta por trinta (30) jovens do sexo masculino, todos solteiros com idade entre 18 e 24 anos, com experiência em categorias de base em times do interior de Minas Gerais. Métodos: Entrevista mista, dois questionamentos, sendo o primeiro relacionado à influência do talento no recrutamento profissional e o segundo aos principais motivos da não permanência e/ou profissionalização dos mesmos nesta modalidade esportiva. Resultados:Foram entrevistados 30 garotos sendo que todos, ou seja, 100%, afirmaram que apenas o talento não basta para se tornar profissional. 30% atribuíram como principal motivo à falta de um empresário; 26,6% indicaram a necessidade de maior incentivo financeiro; 16,6 % afirmaram que as condições estruturais do clube de futebol são fatores decisivos; 16,6 % atribuíram à falta de apoio direto da família; 10% disseram apenas que faltou “sorte”. Conclusões: Constatamos que para se tornar jogador profissional, não basta ter talento e que isso é apenas um pré-requisito.O mundo do futebol esta cercado por interesses onde o saber jogar de forma primorosa deu lugar ao capitalismo, onde ter ou não influência e/ou capital, é que faz a grande diferença para que um jovem chegue ao profissionalismo no futebol. Por meio das respostas coletadas, concluímos que a falta de empresários, falta de incentivo financeiro e a estrutura dos clubes de futebol, mostraram-se como os fatores determinantes para a não profissionalização dos atletas, associado à falta de apoio da família e a sorte.

53-65

Authors: FM Figueira, PJ Greco

O futebol é um esporte complexo e dinâmico, com variabilidade de situações, trazendo importantes contribuições para o desenvolvimento da personalidade das crianças e jovens, pois requer não só força e velocidade, mas também coordenação e, sobretudo, inteligência tática, que se expressa na relação dos processos cognitivos de percepção e tomada de decisão necessários a solução de problemas do jogo. Esses elementos aparecem durante os jogos nas ações individuais, nas ações de pequenos grupos de jogadores e nas ações táticas da equipe como um todo. Estas últimas são particularmente complexas, pois as ações dos indivíduos no conjunto solicitam estratégias dinâmicas da equipe, que precisam ser ajustadas para contrapor às estratégias adotadas pela equipe adversária. Todas essas dimensões explicam o encanto que o futebol exerce e a sua grande popularidade. Por outro lado, essas características do jogo também impõem inúmeros desafios à pedagogia do treinamento de crianças e jovens atletas. Usualmente, os aspectos desenvolvidos nas escolas de futebol enfatizam as capacidades físicas e as capacidades de técnica individual, bem como coordenações táticas pré-estabelecidas. Pouca atenção é dedicada ao desenvolvimento dos processos de percepção e tomada de decisão, particularmente, no contexto tático. Nessa resenha abordamos exatamente esses temas pouco explorados.

11-19

Authors: JGO Claudino, IT Costa, PS Teixeira, RS Ribeiro, GA Pussieldi

Objetivo: Diagnosticar os fatores de estresse e ansiedade pré-competitiva em jogadores de Futebol de Campo da categoria Sub-20. Amostra: Foi composta de 28 atletas Sub-20, de um clube de futebol participante da fase final da Copa Integração Diário da Tarde 2007. Métodos: “Questionário de Estresse e Ansiedade Pré-competitiva no Futebol de Campo”, um questionário de escala de atitudes, instrumento de verificação do estresse situacional. Resultados: Verificou-se que as situações representativas positivamente de Estresse são as seguintes; 6. “expectativa de jogar com adversário do mesmo nível”, 7. “expectativa de jogar com adversário mais forte”, 9. “expectativa de jogar contra uma grande equipe”, 18. “condições adequadas (tranqüilidade, boa alimentação, até 2 atletas por acomodação)” e 37. “cobrança de si mesmo para ganhar o jogo”. Os negativos foram: 17 “condições inadequadas de concentração (barulho, frio, alimentação ruim, etc.); 24 “vir de uma seqüência de derrotas”; 31 “ter que jogar machucado”; 35 “dormir mal na noite anterior ao jogo”; e 38 “atraso de salários e benefícios, como vales transporte e alimentação”. As situações de Ansiedade que menos ocorreram para a amostra são: 4 “antes da competição sinto algo estranho no estômago”; 10 “antes de competir tenho a sensação de esquecimento das informações que meu técnico me passou”; e 12 “fico preocupado em jogar com adversário mais forte”. As mais foram representativas: 11 “gosto de me apresentar para um grande publico”; 15 “em jogos importantes preocupo em jogar bem”; e 16 “em jogos amistosos preocupoem jogar bem”. Conclusões: Pode-se observar fatores influentes tanto positiva como negativamente nos achados deste estudo para a amostra. Para os fatores positivos (motivantes), possibilitou a otimização destes para a competição. Quanto às influências negativas, esta análise possibilita a tentativa de uma diminuição do impacto das mesmas no desempenho. Sugerem-se outros estudos com categorias e equipes diferentes, como não foi feito neste, um treinamento psicológico junto aos voluntários, este poderia ser integrado no processo de formação, para que essas ações se tornem mais eficazes e eficientes para a preparação atletas de futebol nas categorias de base.

33-41

Authors: LN Pereira, AN Monteiro, EG França Júnior, JG Barreto, R Pereira, M Machado

Objetivo: Verificar a correlação entre os testes de Cooper e oYoyo Endurance Test L1. Amostra: Vinte e cinco atletas de futebol (16-19 anos) participaram voluntariamente do estudo. Métodos: Os atletas foram submetidos a medidas antropométricas, ao testes de Cooper de 12 min e ao Yoyo Endurance Test L1. Além da comparação dos resultados totais, foram comparados em grupos por posição: GRUPO 1 (atacantes ezagueiros) e GRUPO 2 (meio-campistas e laterais). Para análise estatística foram usados os testes de Wilcoxon e correlação de Pearson com nível de significância de 5 %. Resultados: Houve diferenças entre GRUPO 1 e GRUPO 2 nos dados antropométricos. Não houve diferença nos resultadosdo Yoyo Endurance Test L1 (distancia total percorrida, tempo total de realização, velocidade máxima e VO2max estimado) entre os grupos. Os resultados do teste de Cooper também não apresentaram diferenças significativas entre os grupos. O VO2max entre os testes apresentou correlação de 0,7063 (p<0,01). Conclusões: Conclui-se que há correlação entre os testes.

49-58

Authors: IAS Silva, MVA Vianna, ALM Gomes, EHM Dantas

Objetivo: Este estudo visa diagnosticar o potencial genético físico e a somatotipia de jogadores de futebol, pertencentes a um clube da região norte do Estado do Rio de Janeiro. Amostra: O estudo é uma pesquisa descritiva, a amostra foi composta de 21 jogadores do gênero masculino, subdivididos em cinco posições: goleiros (n=2), zagueiros (n=5), meio campistas (n=8), laterais (n=3) e atacantes (n=3). Métodos:Foi utilizado o Protocolo de Dermatoglifia de Cummins & Midlo e para investigar o somatotipo foi utilizado o protocolo de Heath & Carter. Resultados: Com relação à somatotipia dos atletas, o grupo apresentou um resultado médio de 2,41 ± 0,72 – 4,37 ± 1,15 – 2,43 ± 0,70; sendo classificado como mesomorfo balanceado. A análise dermatoglífica do grupo apresentou uma predominância de L > W, D10 = 12,3 e SQTL = 181,2. Conclusões: O estudo encontrou nesse grupo uma predisposição a velocidade, resistência e coordenação e o componente da potência como elemento complementar, os valores do somatotipo corroboram com os valores encontrados em outros estudos.