Revista Espinhaço

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Authors: Mauro Augusto dos Santos

É algo notório que a questão ambiental tem cada vez mais despertado o interesse dos mais diversos campos do saber. Por sua vez, a discussão sobre as relações entre população e ambiente já dura algumas décadas e produziu, entre os cientistas sociais brasileiros, vários trabalhos relevantes. Se o dueto população e ambiente pode ser considerado como um rico objeto de estudo, imagine transformá-lo em um trio, adicionando a dimensão territorial à análise. Esta é a proposta do livro Território, Mobilidade Populacional e Ambiente, lançado em novembro deste ano e que tem Gilvan Ramalho Guedes e Ricardo Ojima como responsáveis pela coordenação editorial e co-organização, respectivamente. Além de trazer contribuições para a discussão das correlações entre população e ambiente – sem, no entanto, tentar exaurir a temática –, o livro agrega a dimensão territorial buscando, como ressalta Gilvan Ramalho Guedes na apresentação do livro, “reconhecer a direção das novas políticas de gerenciamento territorial do governo e dos comitês de gestão de recursos naturais em pensar o espaço construído como território”. (...)

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Authors: Daniel P. Guimarães, Ruibran dos Reis

Neste trabalho, a variabilidade das temperaturas máximas e mínimas mensais de 265 estações convencionais, componentes do Banco de Dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa (BDMEP do INMET), nos últimos 50 anos, foi relacionada com as variações do Oceanic Niño Index do NOAA Climate Prediction Center através do treinamento de uma rede neural artificial. Os resultados da pesquisa mostram a relação quase que direta entre ENOS (El Niño-Oscilação Sul) e as temperaturas máximas e mínimas mensais no Brasil. Foram escolhidas algumas localidades para demonstrar os resultados da pesquisa: Manaus, Recife, Cuiabá, Brasília, São Paulo e Porto Alegre. Os eventos de El Niño contribuem para o aumento das temperaturas máximas e mínimas enquanto o inverso ocorre em eventos de La Niña, exceto para a região Amazônica. Em anos de La Niña ocorrem diminuição das temperaturas do ar em quase todas as regiões do Brasil. O impacto do fenômeno ENOS no país se faz mais presente nos meses de inverno e primavera.

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Authors: Heinrich Horn, Hernando Baggio, Essaid Bilal

The Pirapora and Várzea da Palma steel industries (Si, Si-Fe) produce a smoke laden with mineral particles. These particles dispersed in the water, soil and plants contaminated, causing pollution and human problems. The samples were analyzed using filter XRD, ICP-OES, ICP-MS, optical microscopy, environment SEM and optical microcopy. The analysis showed that the particles are rich in Ba, Rb, As, V, Zn, Pb, Cu, Mo and Ni. The plume composition contains particles (clay, magnetite, SiO2, amorphous silicate), morphology and dimensions. The spherical particles of black smoke form a rich cluster in Fe and Si.

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Authors: Miguel F. Felippe, Carolina A. Silva, André H. Souza, Antônio P. Magalhães Júnior

O mapeamento morfológico é uma importante ferramenta na interpretação de processos, materiais e formas do relevo regional. Sobretudo em Unidades de Conservação, auxilia no planejamento e gestão ambiental das áreas protegidas. Nesse contexto, o principal objetivo desse trabalho é caracterizar os compartimentos morfológicos do Parque Nacional da Serra do Cipó a partir da medição de parâmetros morfométricos. Os procedimentos metodológicos envolvem a sobreposição de dados cartográficos, a elaboração de perfis topográficos, a identificação de rupturas de declive e, finalmente, medições morfométricas. Os resultados mostram que o Parque Nacional da Serra do Cipó pode ser dividido em onze compartimentos morfológicos na escala de 1:50.000, demonstrando a importância da morfometria na individualização de unidades do relevo. Espera-se que esses resultados e os avanços metodológicos desse trabalho possam colaborar para pesquisas futuras assim como para a gestão de Unidades de Conservação na Serra do Cipó.